quarta-feira, 5 de maio de 2010

Transporte do caos


Faço a cobertura, desde o início do ano, do caos que passa no transporte público de Goiânia. Cansei de ir pessoalmente até a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) entrevistar e ter que engolir desculpas esfarrapadas do presidente, Marcos Massad. Em fevereiro deste ano, a companhia de ônibus alterou cerca de 30 linhas, afetando, segundo eles, 65 mil usuários do transporte coletivo da Capital. De lá pra cá, começaram a surgir sérios problemas, como atrasos de ônibus, terminais lotados, usuários insatisfeitos, motoristas estressados e o pior, o aumento de carros circulando nas ruas estreitas de Goiânia.

Segundo a CMTC, as mudanças foram para “redimensionar as linhas”. Mas o que aconteceu de fato foi um desastre. O que foi redimensionado foram os ganhos das empresas de ônibus. O povo, ou seja, o usuário não foram consultados sobre as alterações, e o pior, não foram avisados previamente. Resultado: Três protestos consecutivos que paralisaram os terminais Praça da Bíblia, Campus Universitário e Praça A e uma greve dos motoristas que deixaram 400 mil usuários a ver navios em plena segunda-feira. O fato é simples, nem precisa ser jornalista para saber o que anda acontecendo. As empresas de ônibus atrelados a partidos políticos estão fazendo de tudo para capitalizar mais. Entendo que isso não é nenhum pecado, no entanto, deve-se levar em consideração a boa qualidade do serviço prestado. O povo goiano e goianiense não são mais aqueles matutos vindos do interior, percebo que as pessoas andam mais politizadas e sabedoras de certos problemas cotidianos, que as norteiam.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Prefácio

Não estou contente com o que escrevo e publico no jornal em que trabalho. Na verdade, não estou contente em trabalhar sem receber há três meses. Vida dura essa nossa de operários das letras.

Quero usar esse espaço para colocar o que não foi para o jornal. Aquilo que eu acho que deve ser escrito e lido. Não haverá amputações nesse espaço. Todo fato que acontece em Goiânia e no Estado, no qual eu cobri para o veículo em que faço parte, estará aqui. Eu serei o editor de mim mesmo. Eu serei o juiz, o policial, o político, o doutor, o promotor, a vítima de mim mesmo.

Obrigado!