sexta-feira, 11 de junho de 2010

O desrespeito com o profissional da imprensa


Não temo escrever o que vou retratar mais adiante. Não temo mesmo. Trabalho no segundo maior jornal do Estado. Este periódico está há 30 anos sendo publicado todos os dias. Mas seus profissionais de imprensa são tratados iguais serviçais de quinta categoria. Não recebo há cinco meses, vivo de míseros vales. Até o iletrado flanelinha que age na Praça Universitária tem uma vida mais digna do que a minha.

Não sabia que jornalista vivia de ilusões aqui em Goiânia. Entrevistamos todos os dias o alto escalão do secretariado estadual, coronéis, delegados, promotores, juízes, garbosos advogados e ilustres doutores e mestres catedros, mas no fim das contas, não passamos de velhacos escrevedores de notícias. Ainda não me enlouqueci porque tenho os nervos fortes. Mas a situação anda séria, essa imprensa provinciana é uma droga, que vicia e nos deixa no fundo do posso. Contudo acredite, eu trabalho sério, só não sou levado a sério.

Um comentário:

  1. "Não temo escrever o que vou retratar mais adiante." dá pra escrever isso numa camiseta e vender nas faculdades de jornalismo.

    ResponderExcluir